terça-feira, 15 de abril de 2008

Atire a primeira pedra quem nunca cometeu uma gafe. Pelo menos uma, básica, tipo bater palma pra hino do Brasil tocado em vitrolinha. Ontem ainda eu acresci mais uma pérola à minha recheada lista de gafes. Ganhei um presente e esqueci na casa da pessoa que me deu. Ok, nada grave. Esta é uma gafe que não me tiraria muitos pontos na carteira. Se assemelha a entrar de manhã no elevador e numa animação “xuxesca” dar boa tarde, ou ainda perguntar “é teu filho?” quando se trata de um irmão mais novo. Mas o fato é que o ser humano tem um potencial que vai muito além destes pequenos foras. Já pedi informação pra surdo e fui de jeca numa festa que só eu entendi que era junina. Em certas ocasiões é melhor ser um tatu pra se enfiar num buraco. Dá até pra entender a escolha do esconderijo do Sadan. Mas existe uma outra face da gafe, que é ainda pior: simplesmente assisti-la. Ver a coisa acontecendo ali, na sua frente, praticamente em slow motion e não saber se a saída é tentar sanar a situação (o que em 85% das vezes só piora o feito) ou virar uma samambaia, pra não ter que reagir ao constrangimento. Não entendo exatamente o que provoca estes infelizes momentos. Talvez a vontade de agradar, ou a falta do que dizer. Talvez apenas distração ou uma tendência natural à inconveniência que atinge um número significativo de pessoas. Eu, particularmente, posso falar por mim, que sou desligada, desatenta, quase dislexa, e que só por isso esqueci um presente tão fofo e que eu gostei tanto na casa de quem me presenteou. (Marcelo, me redimi?)

2 comentários:

Gustavo Zinder disse...

Excelente momento para publicar esse post hein?!
Acabamos de presenciar uma derrapada no português sensacional.
Ou será que eu que não "ôvo" direito? hahaha

Anônimo disse...

Quando eu cometo uma gafe, fico roxo, me condeno até as últimas, chego a pensar em auto-flagelação. Mas, sinceramente, não sei como agir diante de alguém cometendo uma gafe. Sinto tanta vergonha alheia, não tem coisa pior. Claro que algo dentro de mim impede qualquer tentativa de evitar gafes alheias. Talvez seja uma paralisia momentânea, um certo alívio de não ter sido eu, ou até mesmo um pouquinho de prazer em ver a cena... Veja só que mazoquismo. Deixo um aviso: se algum dia eu te presentear e você fazer pouco caso, como fez com o Marcelo, dou o presente pra outra pessoa!E ainda digo: Perdeu!